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Lava Jato mira pessoas ligadas a senadores do PMDB e PT

Nessa nova fase, denominada Operação Satélites, a PF investiga alvos ligados a Renan Calheiros, Eunício de Oliveira, Humberto Costa e Valdir Raupp

Publicada em 21/03/17 às 12:08h - 389 visualizações

por IMAPE-PB / Instituto Majoritário de Pesquisas e Estatisticas


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 (Foto: IMAPE-PB / Instituto Majoritário de Pesquisas e Estatisticas)

Uma nova etapa da Operação Lava Jato está em andamento na manhã desta terça-feira. Autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), essa fase, denominada Operação Satélites.prevê catorze mandados de busca e apreensão em treze endereços, em cinco estados: Pernambuco, Alagoas, Rio de Janeiro, Bahia e Distrito Federal. São cinco procedimentos no Recife, três no Rio de Janeiro, duas em Brasília, Maceió e Salvador.

Os alvos desta etapa não são políticos, mas pessoas ligadas aos senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), Humberto Costa (PT-PE), Eunício Oliveira (PMDB-CE) e Valdir Raupp (PMDB-RO). Esta fase é a primeira com base na delação de executivos da empreiteira Odebrecht, ainda sob análise do ministro Edson Fachin, relator do caso no Supremo. Segundo a nota da Polícia Federal, "o objetivo é investigar indícios dos crimes de corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro."


Em Pernambuco, um dos alvos é Mário Barbosa Beltrão, empresário ligado ao senador Humberto Costa. O material apreendido na residência do empresário deve ser levado para análise em Brasília. Segundo a delação premiada do ex-diretor de abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, Beltrão seria o operador de propinas para o petista.

Na ocasião, o senador informou, em nota, que "todas as doações de campanha que recebi na minha candidatura ao Senado em 2010 foram feitas de forma legal, transparente, devidamente declaradas e registradas em minha prestação de contas à Justiça Eleitoral". Ele também negou que tivesse qualquer relação com o ex-diretor Paulo Roberto Costa.

Procurado nesta terça-feira pelo site de VEJA, o senador Humberto Costa afirmou, em nota, que "está certo de que a ação de hoje vai corroborar a apuração realizada até agora, que aponta para o teor infundado da acusação e da inexistência de qualquer elemento que desabone a sua vida pública". Costa ressalta, também, que "sempre esteve e continua à disposição para quaisquer informações adicionais de que necessitarem a Polícia Federal, a Procuradoria-Geral da República e o Supremo Tribunal Federal."

Os senadores Valdir Raupp e Renan Calheiros aguardam mais informações sobre as investigações para comentar. O presidente do Senado, Eunício Oliveira, ainda não havia adotado uma posição. Ele estará em uma reunião de líderes no Senado na manhã de hoje e deve se manifestar antes do encontro. O advogado de Mário Barbosa Beltrão ainda não foi encontrado.

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Outra fase da operação que ocorreu em Pernambuco foi a 33ª etapa, batizada como Resta Um, que mirou a construtora Queiroz Galvão e os executivos Idelfonso Collares Filho e Othon Zanoide Filho. Esta investigação dizia respeito à supostos desvios em obras, executadas pela construtora, no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), na Refinaria Abreu e Lima, no litoral sul de Pernambuco, e em diversas outras refinarias, como a do Vale do Paraíba, Landulpho Alves e de Duque de Caxias.

(Com Estadão Conteúdo)



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