A rejeição ao trabalho de deputados e senadores do Congresso Nacional atingiu o recorde histórico de 60%, segundo pesquisa do Instituto Datafolha divulgada nesta quarta-feira. Esse é o índice dos que consideram ruim ou péssimo o trabalho dos parlamentares em Brasília, aponta o levantamento realizado entre os dias 29 e 30 de novembro.
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A aprovação dos 513 deputados e 81 senadores caiu para 5%, o menor índice também, desde que a série de pesquisas sobre o desempenho dos congressistas passou a ser realizada, em 1993, ano do escândalo que ficou conhecido como "Anões do Orçamento", esquema formado por políticos que desviavam recursos públicos. Naquele ano, a rejeição da população aos congressistas bateu nos 56%.
Os números de agora oscilaram negativamente em relação aos dois últimos levantamentos, em dezembro de 2016 e abril de 2017, quando a rejeição aos políticos foi de 58% e a aprovação ficou em 7%.
Nos últimos 25 anos, período em que avaliação foi feita, apenas no final do primeiro ano de governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em dezembro de 2003, o Datafolha constatou que a satisfação do eleitorado com o Congresso superou a avaliação negativa.
O levantamento, que ouviu 2.765 entrevistados, indica que a reprovação ao trabalho de deputados e senadores alcança números ainda maiores em segmentos específicos. Entre eles os mais ricos (74%), os com ensino superior (75%), eleitores do presidenciável Jair Bolsonaro (68%) e os que reprovam a gestão de Michel Temer (69%).
A avaliação melhora um pouco quando observada entre aqueles com ensino fundamental (52%), os de religião evangélica pentecostal (51%), os que têm o PMDB como partido de preferência (42%) e os que avaliam positivamente o governo Temer (37%).